segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O vendedor

 Outro dia, voltava para casa de Metrô, cansada depois de uma manhã de apresentação de trabalho na faculdade, o Metrô lotado na hora do almoço e um vendedor de balas que desobedeceu a ordem de não fazer comércio nos vagões.
Ele era insistente, colocava as balas no colo dos passageiros dizendo que trabalhava para uma instituição de recuperação de jovens viciados em drogas em recuperação e que ele era um dos que havia se recuperado.
Os passageiros e eu já estávamos irritados com a insistência, ele repetia o tempo todo que estava arriscando-se, pois sabia da proibição.
Tenho certeza que a maioria não via a hora desse vendedor descer na próxima estação e à hora dele chegou. Quando a porta se abriu, apareceram dois vigilantes que exercendo suas funções convidou o jovem a retirar-se do trem; ele implorou para que deixasse recolher o dinheiro e as balas que ela havia espalhado no colo dos passageiros e nesse momento os que desejavam ficar livre dele se compadeceram diante da situação. Todos de olhos atentos para tomar a defesa do trabalhador. O rapaz desceu depois de recolher o dinheiro e as balas, com a ajuda de todos, o metrô partiu e veio muitos pensamentos:
Quem estava certo ou errado? Os vigilantes estavam exercendo as suas funções, o vendedor estava burlando as ordens de não vender no Metrô e o jovem?Estava tentando ganhar o pão de cada dia, fugir da cina de ser mais um drogado na vida, ajudando os outros na recuperação e tentando adoçar a vida...
Não sei, mas, foi motivo de uma avaliação.
Naquele dia fui para casa desejando que ele tivesse um final feliz!

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